Pai de santo preso em Ijuí por violência sexual, teria tentado intimidar vítima

O Pai de Santo de Ijuí  que foi preso, acusado de crimes de violência sexual, foi indiciado pela violação criminal por três vezes mediante fraude e também por crime de coação no curso do processo, por ter ameaçado testemunha.

A informação oficial é do delegado responsável pelo caso, Antônio Matter Soares, titular da Delegacia de Atendimento a Mulher(DEAM).

Uma testemunha teria sido ameaçada no local de trabalho dela, “e se ela falasse, sobre o ocorrido, teria sua vida social, emocional e espiritual destruída se levasse adiante a denúncia do caso à polícia civil”.

Matter Soares informou que o inquérito foi remetido ao Poder Judiciário na quinta-feira (28), e o suspeito segue preso a disposição do Ministério Público para analise do material e oferecimento da denúncia para dar inicio ao processo judicial.

O Pai de Santo foi preso no dia 88 de julho em Ijuí

O indivíduo é investigado pela Polícia Civil por abusar sexualmente de mulheres. Três mulheres, em situações distintas, registraram ocorrência policial alegando que, durante consultas ou sessões espirituais, o homem (32 anos), aproveitando-se da inexperiência das vítimas na religião, abusando da confiança nele depositada, mediante manipulação psíquica, com encenações de cunho religioso/esotérico, praticou atos libidinosos consistentes em passar as mãos nas genitálias e seios das vítimas, além de outras condutas inapropriadas, como masturbar-se, solicitar que as vítimas fizessem posições eróticas, enviassem vídeos íntimos, etc., tudo sob justificativa de que tais atos integravam o ritual religioso.
Foi representado ao Poder Judiciário pela prisão preventiva do suspeito, tendo a medida sido decretada e cumprida neste mesmo dia.
A Polícia Civil considera que o caso se enquadra como crime de violação sexual mediante fraude, o chamado “estelionato sexual”, em que, mediante ato fraudulento, o agente busca viciar o consentimento da vítima para realização de um ato libidinoso.
As investigações prosseguem e o Inquérito Policial, assim que finalizado, será enviado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, para a análise.

Fonte : Grupo Repórter