OMS se reúne hoje para decidir se Covid-19 ainda é emergência mundial

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, anunciou na última quarta-feira (24) que o Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional se reunirá hoje para decidir se o problema da Covid-19 ainda constitui uma emergência mundial.

A organização declarou em 30 de janeiro de 2020 a emergência de saúde pública de importância internacional e se reúne a cada três meses para reavaliar a situação.

No fim do ano passado, a agência sanitária afirmou ter a expectativa de que pudesse encerrar as emergências de Covid-19 e mpox neste ano.

Somados todos os países do mundo, foram constatados 669 milhões de casos da doença e mais de 67,8 milhões de mortos. Os dados mais recentes indicam uma média de 236.272 casos e 3.779 mortes nos últimos sete dias.

No Brasil, são mais de 36 milhões de casos e 696.603 mortes desde o início da pandemia. Os dados mais recentes, divulgados pelo Ministério da Saúde, mostram que a doença matou 3.938 pessoas em dezembro, com média de 131 a cada dia.

Para efeitos de comparação, o câncer de pulmão é a causa de morte de 28 mil pessoas e gera quase 30 mil casos por ano no Brasil. No pico da Covid-19 no país, entre março e abril de 2021, chegaram a morrer mais de 3 mil pessoas por dia.

Segundo a plataforma Our World in Data, o Brasil é hoje o 21º país do mundo com o maior número de mortes por milhão de habitantes: 3.240.

A doença ainda está longe de ser um problema solucionado no país e no mundo, o que é motivo de preocupação da OMS.

A reunião do conselho, portanto, deverá avaliar a atual situação global da Covid, que teve alta de casos nós últimos meses, após a mudança da política de contenção do vírus na China.

Os números mais preocupam que aliviam a OMS, já que mais de 170 mil pessoas morreram nos últimos dois meses em decorrência do coronavírus no mundo.

“Embora sem antecipar o conselho do Comitê de Emergência, continuo muito preocupado com a situação em muitos países e com o número crescente de mortes”, afirmou à imprensa o diretor-geral da OMS.

Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Lúcia Vinhas