Ciclone no RS: sobe para 16 o número de mortos
O corpo de um homem, que ainda não teve a identidade confirmada pela Defesa Civil estadual, foi encontrado pela Defesa Civil na tarde desta terça-feira (20) em uma área de Caraá, no Litoral Norte do estado. De acordo com o órgão, ele é a 16ª vítima do ciclone extratropical que passou pelo Rio Grande do Sul.
Caraá, a 90 km de Porto Alegre, registrou cinco do total de 16 mortes no estado. A passagem do fenômeno pelo Estado atingiu 41 municípios, segundo a Defesa Civil. São 1.568 pessoas desabrigadas e 14.542 desalojadas, conforme a atualização mais recente.
De acordo com a Defesa Civil, além de Caraá, as mortes foram registradas em Maquiné, Gravataí, São Leopoldo, Esteio, Novo Hamburgo, Bom Princípio e São Sebastião do Caí.
Vítimas do ciclone extratropical
Nicolas Willian do Prado Carlos, de 27 anos, de São Leopoldo.
Thiago Hendges de Oliveira, de 23 anos, de São Leopoldo
Bebê de quatro meses, de São Sebastião do Caí
Almir Marques Portela Lopes, de 69 anos, de Maquiné
Agnes Schmeling (filha), de 57 anos, de Maquiné
Agnes Schmeling (mãe), de 91 anos, de Maquiné
Homem não identificado, de 60 anos, de Novo Hamburgo
Homem não identificado, de 29 anos, de Gravataí
Francisco Gumercindo dos Santos, de 73 anos, de Bom Princípio
Nadir da Silva Lopes, de 73 anos, de Caraá
Altamiro Carlos Lopes, de 76 anos, de Caraá
Leandra da Silva Alves, de 14 anos, em Caraá
Mulher não identificada, de 55 anos, de Esteio
Homem não identificado, de 57 anos, em Caraá
Homem não identificado, em Gravataí
Homem não identificado, em Caraá
O mês de maio com calor acima do normal e a chegada de ar frio criaram as condições para o ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul. A explicação é do chefe do Departamento de Geografia da UFRGS, professor Francisco Eliseu Aquino.
”O ar frio tenta se expandir em direção à região sul tropical, por exemplo, o Rio Grande do Sul. Porém, nós tivemos o maio mais quente para toda a América do Sul em 170 anos. Significa que o contraste dessa massa de ar frio entre a Antártica e a região tropical da América do Sul promove a formação de um ciclone extratropical”, explica o especialista.
Fonte: G1 RS