Alerta sanitário é emitido após caso de raiva herbívora em Campo Novo
Um caso de raiva herbívora foi confirmado em um bovino na terça-feira (29) em Campo Novo. A propriedade rural onde o animal infectado foi identificado fica próxima à divisa com Humaitá. Diante da situação, a Secretaria Estadual da Agricultura emitiu um novo alerta sanitário para a região.
Conforme a fiscal estadual Bibiana Hartmann Monte Blanco, responsável pela Inspetoria Veterinária que atende Humaitá, Crissiumal, Boa Vista do Buricá e Nova Candelária, o bovino foi atendido inicialmente por um veterinário particular.
Diante dos sinais clínicos, tais como estar babando, deitado em decúbito lateral e sem conseguir levantar, a Inspetoria Veterinária foi acionada. Bibiana explicou que o animal ficou neste estado entre segunda-feira (21) até o último sábado (26) quando acabou sacrificado.
A inspetoria procedeu a coleta de parte do cérebro do animal para análise laboratorial. Nesta terça-feira (29) o resultado confirmou se tratar de raiva herbívora.
A doença é transmitida por morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue) e pode causar a morte de bovinos, ovinos, equinos e outros animais. A enfermidade também pode ser transmitida ao ser humano e não tem cura.
Alerta sanitário para a região
O alerta sanitário publicado na quarta-feira (30) pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, por meio do Departamento de Defesa Agropecuária – Divisão de Defesa Sanitária Animal, informa a ocorrência de focos de raiva herbívora nos municípios de Campo Novo, Redentora e Dois Irmãos das Missões.
O alerta abrange também os municípios vizinhos aos que registraram casos. São eles: Coronel Bicaco, São Martinho, Sede Nova, Humaitá, Bom Progresso, Braga, Santo Augusto, Alegria, Boa Vista do Buricá, Miraguaí, Nova Candelária, Crissiumal, Três Passos e Tenente Portela.
Considerando o número de focos de raiva herbívora observados neste ano na região e que a enfermidade se controla de forma preventiva, o departamento reitera a necessidade da vacinação e revacinação nos animais suscetíveis.
O alerta sanitário ainda destaca que, considerando o grande número de agressões nos animais em localidades destes municípios sem o conhecimento e a identificação de refúgios (locais onde os morcegos se abrigam), reitera-se a necessidade da identificação e a localização de novos refúgios.
A fiscal estadual reforça que cada produtor é responsável pela a vacinação do seu rebanho. A aquisição das doses deve ser feita junto às agropecuárias. Orienta-se que, após a aplicação da primeira dose, seja feito um reforço no prazo de 21 dias.
Em maio deste ano, um alerta sanitário já havia sido divulgado por conta da identificação de focos de raiva herbívora na região. Em Redentora, por exemplo, houve a morte de animais tendo sido afetados bovinos de 14 propriedades.
Fonte: Rádio Alto Uruguai