Bebê prematuro morre ao aguardar transferência para UTI em Frederico Westphalen
Um bebê que nasceu prematuro, no sábado (6), morreu na madrugada de domingo (7) em Frederico Westphalen. Anthony de Lima Almeida esperava por um leito de UTI neonatal, mas não conseguiu vagas em hospitais da região. O menino nasceu com apenas 32 semana de gestação. A mãe do bebê, Maria Eduarda de Lima Gonçalves, chegou ao hospital com complicações, mas teve alta na tarde de segunda-feira (8). A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar. O caso é tratado com urgência. O pai da criança já foi ouvido, e funcionários do hospital também devem prestar depoimento.
A administração do Hospital Divina Providência de Frederico Westphalen, responsável pela solicitação de leito de UTI junto ao Sistema de Gerenciamento de Internações (Gerint) do estado, disse que o procedimento foi realizado quando analisaram as condições do recém-nascido. Ainda conforme o hospital, a equipe foi orientada pelo estado a fazer contato telefônico com hospitais de referência pediátrica na região para agilizar o processo. No entanto, os dois hospitais que poderiam receber o bebê não tinham leitos disponíveis.
O hospital cedeu o protocolo de atendimento junto ao Gerint. Há o registro da central de regulação da possibilidade de leito reservado em dois hospitais de Passo Fundo e a orientação para a equipe fazer a ligação solicitando. Nesse documento, consta que o médico ligou para as duas instituições, que informaram que não havia vagas por superlotação das unidades. Na sequência, há o registro da morte do recém-nascido.
Nota da SES:
“A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS) informa que, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a todos os pacientes que aguardam por atendimento e seguem o devido processo técnico de regulação, não pode fornecer dados sobre casos específicos. Pacientes que necessitam de atendimento especializado são regulados conforme avaliação técnica de profissionais de saúde do município de origem e da Central de Regulação. É esta avaliação que determina as prioridades, a situação de saúde e as condições de transporte do paciente, entre outros critérios. Dessa forma, é possível definir o momento adequado e seguro para a realização de procedimentos e transferência de pacientes.”
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) afirma que, “em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a todos os pacientes que aguardam por atendimento e seguem o devido processo técnico de regulação, não pode fornecer dados sobre casos específicos”.
Fonte: G1 RS