Rio Grande do Sul chega a 87 óbitos em decorrência da dengue em 2024
O cenário da dengue segue crítico no Rio Grande do Sul. Nos primeiros quatro meses, 87 mortes por conta da doença já foram registradas em território gaúcho. Entre quinta (18) e sexta-feira (19), o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou mais nove óbitos.
Vítimas
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), as vítimas são sete homens e duas mulheres, com idade entre 43 e 92 anos. A maior parte do grupo apresentava algum tipo de comorbidade. Entre os municípios com mais óbitos por dengue nos dados apresentados, estão Novo Hamburgo, com duas mortes e Três de Maio, com duas mortes. Veja:
- Homem, 58 anos, residente de Novo Hamburgo. Com comorbidades, ocorridos em 2 de abril
- Mulher, 92 anos, residente de Novo Hamburgo. Com comorbidades, ocorrido 10 de abril
- Homem, 43 anos, morador de São Leopoldo. Com comorbidade, ocorrido em 10 de abril
- Homem, 69 anos, morador de Canoas. Com comorbidade, ocorrido em 14 de abril
- Homem, 71 anos, de Santo Augusto. Com comorbidade, ocorrido em 15 de abril
- Homem, 85 anos, residente de Três de Maio. Com comorbidade, ocorrido em 4 de abril
- Mulher, 69 anos, de Três de Maio. Sem comorbidade declarada, ocorrido em 17 de março
- Homem, 67 anos, residente de Três Passos. Com comorbidade, ocorridos em 23 de março
- Homem, 92 anos, residente de Santa Rosa. Com comorbidade, ocorrido em 07 de abril
Até o momento, o Estado emitiu 132.252 notificações de possíveis casos de dengue. Desse quantitativo, 75.167 diagnósticos foram confirmados, 27.926 descartados e 28.174 seguem em investigação. Em março, o Rio Grande do Sul decretou situação de emergência em saúde pública por conta da dengue.
Um estudo lançado pela SES aponta que as situações podem levar ao óbito por dengue:
- O não reconhecimento dos sinais de alarme pela população e pelos profissionais de saúde
- Procura tardia do paciente pelo serviço de saúde
- Manejo clínico inadequado
- Procura por várias vezes aos serviços de saúde
- Dificuldade de acesso
- Hidratação inadequada ou insuficiente
- Ausência da classificação de risco para dengue (conforme fluxograma estabelecido pelo Ministério da Saúde)
- Não realização de hemograma ou em número abaixo do indicado na classificação de risco,
- Resultados de hemogramas em tempo inoportuno para auxiliar no manejo
- Liberação de paciente antes do resultado
Ao apresentar sintomas, procure ajuda médica
A orientação busca evitar o agravamento da doença e uma possível evolução para óbito. Os sintomas são:
- Febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias
- Dor atrás dos olhos
- Dor de cabeça
- Dor no corpo e nas articulações
- Mal-estar geral
- Vômito
- Diarreia
- Manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira
Fonte: Diário SM