La Niña pode reduzir volume de chuva no RS até o fim do verão de 2026
Tradicionalmente, o verão no Brasil é marcado por temperaturas altas, sensação térmica elevada e chuvas intensas no fim da tarde. Porém, a próxima estação terá um comportamento diferente e instável, segundo meteorologistas da plataforma Tempo OK.
Isso porque o período será influenciado pelo fenômeno La Niña, caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico. Embora esteja previsto como fraco e de curta duração, ele pode provocar impactos na chuva e no calor em diversas regiões do país.
O comportamento do clima deve exigir atenção especial da agricultura, segundo especialistas. A alternância entre períodos de chuva e estiagem pode afetar plantio, floração e colheita de lavouras, especialmente no Centro-Oeste e Sul do país.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) indica que o La Niña deve persistir entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026 com 55% de chance de neutralidade entre janeiro e março de 2026.
No Rio Grande do Sul, o La Niña historicamente está associado à diminuição do volume e da regularidade das chuvas. A Climatempo reforça que, com a confirmação do fenômeno neste ano, a precipitação tende a ocorrer de forma mais espaçada, o que pode afetar o setor agropecuário e o nível dos reservatórios de água. A formação do evento foi identificada em setembro de 2025, com intensidade considerada fraca e curta duração, o que deve reduzir parcialmente sua influência sobre o clima regional, embora ainda possa gerar impactos perceptíveis.
Entre 2020 e 2023, episódios consecutivos de La Niña provocaram efeitos marcantes no Rio Grande do Sul, como a redução do volume de precipitação e períodos de estiagem. Com a recorrência do fenômeno, especialistas alertam para a importância do monitoramento constante das condições climáticas, a fim de antecipar possíveis impactos em setores sensíveis à variação do clima, como a agricultura, o abastecimento de água e a geração de energia.
