Casos de dengue disparam no RS e número de mortes chega a 12
O Rio Grande do Sul acaba de superar o total de óbitos causados por dengue ao longo de todo o ano passado. Até o momento, foram confirmadas 12 mortes contra 11 em 2021. Já em 2020, seis pessoas perderam a vida em decorrência da doença.
É o que afirma o último informativo epidemiológico divulgado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/RS). Conforme o documento, os últimos quatro óbitos registrados ocorrem nos seguintes municípios: Lajeado, Cachoeira do Sul, Novo Hamburgo e Sapucaia do Sul. As demais mortes já confirmadas ocorreram em Horizontina (dois óbitos), Chapada, Cristal do Sul, Igrejinha, Dois Irmãos, Boa Vista do Buricá e Jaboticaba.
Os casos de dengue dispararam no RS e chegam a 13.881 ao todo. A quantidade de casos autóctones chega a 10.985. É quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, 6.291. Em 2020, foram 2.312.
Mais alarmante é o fato da quantidade de casos registrados nestes primeiros quatro meses do ano superar a quantidade total dos anos anteriores desde 2010.
Dos 497 municípios gaúchos, 442 são considerados infestados pelo Aedes aegypti. Ainda conforme o CEVS, trata-se do maior número de cidades nessa situação na série histórica do monitoramento, realizado desde 2000.
Atualmente, 171 municípios confirmaram casos autóctones. Entre eles, estão Panambi – que registra no momento 26 casos – enquanto Condor já tem mais de 160. A região de Ijuí – formada por vinte municípios, incluindo Panambi e Condor – está com 285 casos. No mesmo período do ano passado, haviam sido 58.
Dos casos autóctones, 60% estão concentrados em oito municípios: Dois Irmãos, Estância Velha, Igrejinha, Parobé, Porto Alegre, Rodeio Bonito, Arroio do Meio e Lajeado.
Diante do expressivo número de casos e a larga distribuição do inseto em todo o estado, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) emitiu uma nota comunicando que o Rio Grande do Sul está em alerta máximo contra o mosquito da dengue. Para isso, é necessário que a população siga as medidas mínimas de prevenção. A principal é a eliminação de locais com água parada, que servem de pontos para o desenvolvimento das larvas do mosquito. Essa proliferação acontece em maior volume nesta época do ano, que alia temperaturas altas com chuvas mais recorrentes.