Centro para desabrigados na zona Norte de Porto Alegre deve ficar pronto em duas semanas.
A conclusão da montagem do primeiro Centro Humanitário de Acolhimento em Porto Alegre está prevista para ocorrer dentro de duas semanas. O local escolhido para a construção é um campo de futebol situado nos arredores do Centro Humanístico Vida, localizado no bairro Costa e Silva, na zona Norte da cidade. Este espaço abrigará moradias provisórias para entre 800 e mil pessoas que foram desabrigadas devido às enchentes.
Na manhã desta terça-feira, uma equipe composta por mais de 100 trabalhadores estava dedicada à construção da base metálica que sustentará o piso e o teto de um pavilhão. O serviço foi supervisionado pelo vice-governador e coordenador do gabinete de crise, Gabriel Souza, e pelo secretário municipal de Obras e Infraestrutura, André Flores.
“Este é um espaço projetado para acolher pessoas, ao contrário dos abrigos improvisados em ginásios, escolas e paróquias. O local contará com sistema de esgoto, dormitórios, água e energia elétrica para proporcionar às famílias uma estadia digna”, ressaltou o secretário municipal de Obras da Capital.
O espaço terá dormitórios separados para famílias, mães ou pais com filhos pequenos, além de áreas específicas para homens e mulheres desacompanhados.
O vice-governador Gabriel Souza destacou que, além dos dormitórios separados, o espaço contará com banheiros, cozinha, refeitório, lavanderia, brinquedoteca, posto de saúde e áreas destinadas a animais domésticos. Ele também mencionou que o local terá serviço de internet wi-fi e segurança garantida pela Brigada Militar.
“É uma estrutura mais adequada do que os abrigos convencionais, que não conseguem mais comportar tantas pessoas durante tanto tempo. Um exemplo é que o Centro Humanitário terá maior capacidade de água e energia do que outros locais, o que significa que será possível tomar banho sem interrupções de energia, como já ocorreu no próprio Centro Vida”, afirmou Gabriel Souza.
A gestão do local ficará a cargo da Organização Internacional para as Migrações (OIM), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU). A ideia é que as famílias permaneçam alojadas até a entrega das residências prometidas pelo governo federal às vítimas da enchente.
Além da unidade no Centro Vida, outros dois centros humanitários serão construídos na Capital: um no Complexo Cultural Porto Seco e outro no Centro de Eventos Ervino Besson, no bairro Vila Nova. Na região metropolitana, Canoas também contará com duas estruturas adicionais. Com exceção do Centro Vida, que é o maior abrigo, as demais unidades terão capacidade para receber aproximadamente 500 pessoas.
Fonte: Correio do Povo