Chega ao fim o Fenômeno La Niña no RS

Chegou ao fim o fenômeno La Niña, que no Rio Grande do Sul influenciou diretamente na estiagem em parte do Estado. Foram três anos consecutivos de resfriamento anômalo do Oceano Pacífico equatorial, algo que não ocorre com frequência. Agora, os meteorologistas voltam as atenções para a probabilidade de 56% de chance de formação de um El Niño a partir do próximo inverno no Hemisfério Sul. 

O anúncio do fim de La Niña foi feito nesta quinta-feira (9) pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) e já vinha sendo previsto desde o início deste ano, devido às condições atmosféricas e oceânicas. Ainda que esteja confirmado o encerramento do fenômeno, não significa que a estiagem acabará no Estado de imediato. O que deve ocorrer, segundo os especialistas, é que os episódios de chuva se tornarão mais frequentes a partir de agora. 

Ao contrário da La Niña, o El Niño reforça uma maior quantidade de chuva no Sul do Brasil, com alta incidência de temporais, principalmente, durante a primavera e o início do verão. Mas cada região brasileira sofre diferentes consequências climáticas relacionadas ao fenômeno. O fato é que as temperaturas se elevam em quase todo o país e o El Niño traz condições para primaveras e verões mais quentes em relação à média histórica.

De acordo com a Climatempo, o El Niño pode durar até um ano e vem com intensidade maior do que eventos de La Niña. É como se a energia de todo um La Niña mais duradouro fosse concentrada em um período mais curto de El Niño. O La Niña não tem tanta intensidade, mas dura mais. O El Niño, por sua vez, tem intensidade moderada, por vezes forte, mas com duração menor.

Se o fenômeno se confirmar, a maior preocupação dos cientistas é o aumento da temperatura média anual da Terra em 1,5°C. Até agora, os gases de efeito estufa emitidos pelas atividades humanas elevaram a temperatura média global em cerca de 1,2°C, trazendo impactos catastróficos em diferentes partes do mundo, desde ondas de calor intenso a inundações devastadoras.

Por outro lado, os próximos dias serão de pouca chuva e calor no Rio Grande do Sul. É o que prevê o Boletim Integrado Agrometeorológico da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga.

Entre este sábado e o domingo (12), o ar quente seguirá predominando, e o tempo será firme, com temperaturas acima de 35 °C na maior parte do Estado.

Entre segunda (13) e quarta-feira (15), a combinação do calor com o ingresso de umidade provocará aumento da nebulosidade em todo o Rio Grande do Sul, com pancadas isoladas de chuva em diversas regiões e possibilidade de temporais nos setores Norte e Nordeste.

Para Panambi a previsão é de pancadas de chuva entre segunda-feira e quarta-feira com acumulado de 20 mm. A temperatura deve variar entre mínimas de 20ºC e máximas de 36ºC.

Fonte: ZH

Redação: Sulbrasileira