CHUVA RETORNA AO RIO GRANDE DO SUL, MAS PRECIPITAÇÃO AINDA É INSUFICIENTE EM MEIO A ESTIAGEM

A quinta-feira (09) começou com bastante nebulosidade pelo Rio Grande do Sul com relatos de chuva desde a região sul até o oeste e centro do Estado. A precipitação foi registrada já na tarde de quarta (08) nas áreas mais próximas do Uruguai. Durante a madrugada de quinta, a chuva avançou pelas demais áreas do território gaúcho.

No início desta quinta-feira, a precipitação chegou na Região Metropolitana, inclusive em Porto Alegre, e permaneceu em quase todas as regiões do Estado, como na serra, no noroeste e no sul. A instabilidade tem relação com a alta umidade do ar, o calor e uma circulação ciclônica nos médios e altos níveis da atmosfera.

No sul do Estado, os acumulados de chuva chegaram a 44mm em Capão do Leão e 35mm em Pelotas entre as madrugadas de quarta e quinta. A chuva forte da noite chegou a causar pontos de alagamento na região.

Antes da ventania, as temperaturas chegaram a disparar: termômetros marcaram valores na casa dos 40ºC em Quaraí, São Borja e Uruguaiana, além da umidade abaixo dos 25% em várias localidades gaúchas.

Mesmo retornando a diversos pontos, a chuva ainda é esparsa e fraca, sem intensidade para resolver os problemas da estiagem que assola as plantações gaúchas.

Na sexta-feira (10), a chuva persiste no Litoral, na Serra, no Sul, na Campanha e em parte da Fronteira Oeste. Nas demais áreas, o tempo volta ficar firme, com sol entre nuvens. A mínima aparece, mais uma vez, em São José dos Ausentes, na Serra: 12ºC . Os termômetros  de Uruguaiana, na Fronteira Oeste, e de Quevedos, na Região Central, devem marcar a máxima, 38ºC. A Capital terá entre 21° e 34°C.

Aumenta o número de municípios gaúchos em situação de emergência

De acordo com o relatório atualizado da Defesa Civil do RS, 255 municípios do Estado estão com decreto de situação de emergência por conta da estiagem. Segundo a meteorologista Maria Clara Sassaki, os problemas trazidos pela seca não serão resolvidos pelas poucas pancadas de chuva previstas para o RS e só devem aliviar após o fim do fenômeno La Niña.

— O último relatório indica que o fenômeno caminha para neutralidade entre fevereiro e março, mas a atmosfera demora para responder a essa mudança; não é instantâneo — esclarece.

Fonte: Assinck