Dois suspeitos da morte de secretário de Bom Progresso são soltos
Dois suspeitos de envolvimento na morte do secretário da saúde de Bom Progresso, Jarbas David Heinle, foram soltos no sábado (7): o vice-prefeito Maicon Leandro Vieira Leite (PDT) e Cloves de Oliveira, conhecido como Faísca.
A Polícia Civil havia pedido à Justiça a prisão preventiva dos três investigados que estavam presos e de um foragido. A Justiça entendeu não haver elementos para a preventiva de Maicon e de Cloves.
Segue preso Sérgio Ribeiro dos Santos, que estaria diretamente ligado ao ataque a tiros contra Jarbas. Além dele, teve prisão preventiva deferida outro suspeito que está foragido.
O delegado Marion Volino, que conduz a investigação, não confirma os nomes dos investigados, mas disse que as prisões preventivas foram solicitadas por haver indícios concretos da participação deles no crime. A contar de sábado, a polícia tem 10 dias de prazo para concluir o inquérito.
O delegado ainda aguarda resultado de perícias, como a análise de conversas de celulares, e a quebra de sigilo bancário de investigados.
Conforme sua defesa, o vice-prefeito Maicon já está de volta ao trabalho nesta segunda-feira (7).
Contrapontos
O que diz Vanderlei Pompeo de Mattos, advogado de Maicon Leandro Vieira Leite:
— Veio tarde o conserto de uma coisa que nem devia ter ocorrido.
O que dizem, em nota, Emanuel Cardozo e Luiz Gustavo Lippi Sarmento, advogados de Cloves de Oliveira:
“Desde a decretação da prisão de Cloves de Oliveira afirmamos que os elementos de prova eram frágeis, bem como Cloves sempre se colocou à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários a investigação, com o intuito de demonstrar que não teve participação nesse fato. Durante a investigação Cloves demonstrou não ter participação nesse fato, contribuiu prestando seu depoimento em sede policial, autorizando acesso ao celular, autorizando acesso a sua conta bancária e autorizando a quebra de seu sigilo fiscal. Embora não concordasse à época com a decretação da prisão temporária, esta defesa sempre confiou na Justiça e no Poder Judiciário, tendo a convicção que uma prisão preventiva não seria decretada, dada a ausência de provas contra Cloves. Nosso cliente volta ao seio da comunidade, local de onde nunca deveria ter saído, para continuar seu trabalho como professor, bem como para ajudar a comunidade como sempre fez. Além disso, continua à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários”.
Fonte GZH