Em 2024, “vira-se um botão” no agro gaúcho, compara consultor; entenda.
Perspectiva é de que o novo ano traga um patamar de regularidade, após sucessivos problemas climáticos no Estado. A regularidade no lugar do desafio. Essa é a perspectiva trazida pelo mercado para o agronegócio do Rio Grande do Sul no ano novo que se inicia. Depois de sofrer com os impactos da estiagem no verão passado e do excesso de chuva na safra de inverno, o Estado tem a possibilidade de retomar bons níveis de produção. Sem projeção de ser extraordinária, mas com volume dentro da “normalidade”, a colheita, associada com custos menores em relação a igual período do ano passado, traz a perspectiva de um cenário de melhor rentabilidade para o agricultor e para o pecuarista.
– Vira-se um botão, porque o ano vai iniciar com outro cenário, outra cara. O custo de produção na temporada 2023/2024 cai 15% na cultura da soja e 12% na do milho. Os preços da soja devem repetir níveis bastante similares, só que com o custo mais baixo, a rentabilidade deve crescer – avalia Carlos Cogo, consultor em agronegócios.
Mesmo que as cotações – à exceção do arroz – não estejam tão valorizados , abre-se a janela de oportunidades para a melhora na margem em razão de uma redução nas despesas. Um quadro diferente do vivenciado em 2023, quando os gastos subiam e os preços pagos ao produtor. Perguntado se 2024 pode ser projetado como um ano de maior regularidade, Cogo diz:
– Os anos de pandemia causaram disrupções enormes na cadeia produtiva. Tudo ficou fora do esquadro, e estamos voltando para uma normalidade. Embora envolva preços de commodities em patamares mais baixos, traz custos mais baixos.
Para a pecuária de corte, também estima-se uma mudança, com o boi, acrescente Cogo, encerrando o ciclo de baixa, entrando já no início da recuperação de preços. A cereja do bolo em 2024 deve ser o cenário esperado para o arroz.
O produto alcançou preços nominais recordes, trazendo uma perspectiva ainda mais favorável de rentabilidade. Importante lembrar que a conjuntura vem depois de longo período de desestímulo.
Fonte- GZH Passo Fundo.