Estiagem já causa prejuízo de cerca de 70% nas lavouras de milho de Panambi

Conselho Agropecuário de Panambi em reunião realizada ontem concluiu que a falta de chuva no município já causa perdas de 60% a 70% nas lavouras de milho.

A informação foi repassada em entrevista ao Programa Café da Tarde de ontem pelo chefe do Escritório Municipal da Emater, André Lima.

Disse que, com a falta de perspectiva de que a chuva possa vir com maior volume nos próximos dias, a tendência é de que os prejuízos na cultura aumentem, pois grande parte das lavouras está em fase de pendoamento e formação de grão que exige maior umidade do solo. Os prejuízos atingem tanto as lavouras de milho grão e também o plantado para silagem.

A região de Ocearú e Caxambu é uma das mais castigadas com a falta de chuva. Na Linha Caxambu, de acordo com o agricultor Roberto Schrammel, a última chuva registrada foi no dia 13 de novembro com apenas 5,8 ml.

Em relação à cultura da soja, o principal problema causado pela estiagem, segundo o gerente da Emater é de que em torno de 20% da área prevista para ser cultivada ainda não foi semeada em razão da falta de umidade no solo.

Apesar do prazo de zoneamento para a semeadura ter sido prorrogado até o dia 31 de janeiro, a preocupação entre os agricultores é grande, pois a meteorologia não prevê um período favorável para regularização das chuvas.

Também existe preocupação com o rebanho bovino especialmente no gado leiteiro, já que as pastagens estão secas e os animais começam a emagrecer e produzir menos leite.

Embora, o Conselho Agropecuário não recebeu nenhuma informação de que esteja ocorrendo à falta de água nas comunidades do interior, documento que está sendo encaminhado, sugere ao Prefeito Daniel Hinnah que se o quadro de estiagem continue nos próximos dias, que seja estudada possibilidade de decretação de estado de emergência no setor agrícola.

Foto: Lavouras de Milho na Linha Caxambu em Panambi – Emissora Sulbrasileira