Falta de dinheiro desliga radares de velocidade em rodovias federais
Desde sexta-feira (1), os pardais de boa parte das rodovias federais no Brasil estão desligados. O motivo é a falta de dinheiro para pagar as empresas responsáveis pelos equipamentos.
A decisão vale para os radares fixos instalados em rodovias federais do Brasil sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Procurada pela coluna, a autarquia silencia.
Em julho, o departamento chegou a divulgar um comunicado destacando que o problema se tratava de um “ajuste orçamentário pontual”. Também informava que estava “adotando providências” para evitar o desligamentos dos radares.
“A continuidade do Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade (PNCV) do Dnit é importante para a segurança viária nas rodovias federais sob a responsabilidade da autarquia. Nesse sentido, o órgão articula junto ao Ministério dos Transportes e à Casa Civil da Presidência da República mecanismos para manter as atividades de fiscalização eletrônica. Esse processo segue em análise pelas instâncias responsáveis, e medidas estão sendo tomadas. Importante destacar que se trata de um ajuste orçamentário pontual. O Dnit está adotando providências para que não haja descontinuidade das atividades essenciais”, informou a nota divulgada na ocasião.
Alertas sobre o corte vinham sendo feitos desde o ano passado, quando o orçamento de 2025 estava sendo projetado. A destinação para o contrato de fiscalização do controle de velocidade nas rodovias era menor que os gastos previstos.
Apesar das tentativas de ampliação dos valores, a verba para o contrato dos radares ainda é insuficiente. Há uma projeção de gastos de R$ 164,5 milhões e apenas R$ 79,6 milhões em caixa.
Nas rodovias pedagiadas, porém, os controladores seguirão ligados. Os equipamentos são de responsabilidade das empresas responsáveis pela manutenção das rodovias. No Rio Grande do Sul, é o caso da BR-101, BR-386 e freeway.
Fonte: GZH