Justiça determinou o afastamento provisório dos diretores do abrigo Construindo o Futuro de Planalto.
Atendendo pedido liminar do Ministério Público do Rio Grande do Sul, a Justiça determinou o afastamento provisório dos diretores do abrigo Construindo o Futuro de Planalto. Determinou, também, que eles se abstenham de se aproximar das dependências da casa de acolhimento, devendo manter a distância mínima de 100 metros, bem como não entrem em contato com qualquer acolhido, sob pena de crime de desobediência e multa.
A representação para apuração de irregularidades na entidade, assinada pelo promotor de Justiça Marcos Eduardo Rauber, foi ajuizada a partir de relatório da inspeção realizada pela juíza Marilene Parizzotto Campagna. Segundo o documento, fotografias e filmagens realizadas durante a visita apontam um conjunto de irregularidades e situações de negligência, “especialmente no que se refere à falta de alimentação dos acolhidos e precariedade das instalações, tudo a indicar má-gestão e/ou desvios de recursos financeiros por parte dos dirigentes da entidade, com grave prejuízo à saúde e ao bem-estar das crianças e adolescentes acolhidos”.
Na ação, o promotor ressalta que “os fatos constatados na vistoria, sobretudo a falta de alimentação básica, as notícias de maus-tratos aos acolhidos pelos dirigentes e as suspeitas de malversação ou desvio dos recursos recebidos pela entidade, são motivos graves o bastante para ensejar o afastamento dos atuais diretores/gerentes até que os fatos sejam devidamente apurados.”
Fonte: MPRS