Mais de 13 mil pessoas estão com vacinação contra a Covid-19 atrasada

Desde o início da campanha de imunização contra o Covid-19, em janeiro de 2021, Panambi já aplicou 87.962 doses da vacina. Os dados são do vacinômetro divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde.

Ao todo, 34.630 pessoas (79,3% da população do município) receberam pelo menos uma dose. Já o número de pessoas que completaram o esquema vacinal (duas doses) chega a 34.335 (78,63%). 

A quantidade de pessoas que receberam a dose de reforço chega a 18.997 (43,50%).

Apesar do expressivo avanço na imunização, que ajudou a reduzir os indicadores da pandemia, especialmente de internações graves e óbitos, uma quantidade expressiva de pessoas está com doses da vacina atrasadas.

Conforme os dados do painel de vacinação do Rio Grande do Sul, atualmente há 2.001 pessoas no município que não completaram o esquema vacinal (duas doses) no período indicado, que pode variar dependendo da vacina aplicada. Destas, 617 são crianças, 216 adolescentes e 1.168 são adultos.

Já o número de pessoas com a dose de reforço atrasada e expiraram a data ideal para realizá-la chega a 13.835. Ou seja, 40% das pessoas que completaram o esquema vacinal não voltaram para realizar uma dose de reforço.

Em todo o Rio Grande do Sul, há 697 mil pessoas que não completaram a segunda dose e 2,7 milhões de pessoas com dose de reforço em atraso.

Mais vacina 

Diante do aumento de notícias falsas sobre as vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foi lançada a campanha “Vacina Mais”, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da imunização e aumentar a cobertura vacinal não só contra a Covid-19, mas outras doenças.

“Estamos trabalhando para desfazer falsas notícias que levam à morte”, disse o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, durante a cerimônia de lançamento da nova campanha, que conta, também, com as parcerias do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

O CNS lembra que, graças às vacinas, a varíola foi erradicada do mundo em 1980. “E a região das Américas foi a primeira do planeta a eliminar doenças como poliomielite (em 1994), rubéola e síndrome da rubéola congênita (em 2015) e tétano neonatal (em 2017)”, destacou.

No entanto, segundo Fernando Pigatto, a alta taxa de cobertura vacinal vem caindo nos últimos anos, deixando milhões de pessoas em risco.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2015 e 2021 o número de crianças vacinadas com a primeira dose contra a poliomielite caiu de 3.121.912 para 2.089.643. Já para a terceira dose, no mesmo período, os números reduziram de 2.845.609 para 1.929.056. Com isso, a cobertura vacinal contra esta doença recuou, no período, de 98% para 67%.

Para o CNS, a imunização insuficiente resultou também no retorno do sarampo ao Brasil. “O país havia ficado livre da transmissão autóctone [que ocorre dentro do território nacional] do vírus causador dessa doença em 2016. Porém, a combinação de casos importados de sarampo e a baixa cobertura vacinal levaram o Brasil a ter um surto, que, desde 2018, tirou a vida de 40 pessoas, principalmente crianças”, frisou o CNS.