Nove pessoas são detidas em operação contra quadrilha que ameaçou policiais em Tupanciretã
Nove pessoas foram detidas, na manhã de ontem em Tupanciretã durante a Operação Principatus. A ofensiva ocorreu como resposta a uma facção que ameaçava policiais civis no município.
A ação somou 60 agentes das Delegacias Regionais de Santa Maria e Cruz Alta, além de quatro delegados e oito integrantes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), que é a unidade da Polícia Civil para missões de alto risco. As diligências também receberam apoio do canil da Brigada Militar, em 17 mandados de busca e apreensão.
Foram presos seis homens, sendo quatro de 45, 28, 57 e 34 anos, e mais dois, ambos de 18. Houve ainda a prisão de duas mulheres, de 25 e 27 anos. Um adolescente, de 17, foi apreendido.
Os suspeitos foram detidos em flagrante com porções de crack, maconha e uma arma em situação irregular. A investigação aponta que eles são vinculados a um grupo criminoso com base no Vale do Sinos, mas que também criou ramificações na região Central.
O titular da 3ª DP Regional de Santa Maria, Sandro Meinerz, destaca que a quadrilha fez bravatas contra representantes da instituição. Isso porque, em setembro, um traficante do bando morreu após trocar tiros com agentes em Tupanciretã. A organização criminosa, adiciona o delegado regional, teria prometido vingar a morte do comparsa.
“Um alvo reagiu quando policiais buscavam uma arma furtada, no mês passado, em Tupanciretã. Ele atacou os agentes e acabou morrendo em confronto. Isso motivou o grupo criminoso a prometer retaliações”, afirma o delegado regional Sandro Meinerz.
A investigação indica que as ameaças ocorreram nas redes sociais, na conta de um homem apontado como chefe do tráfico em Tupanciretã. O criminoso, que havia saído do sistema prisional há dois meses, teria feito postagens para intimidar policiais que combatiam a venda ilegal de drogas na cidade.
Ontem, o traficante voltou a ser preso, agora em posse de um revólver calibre .38 em situação de furto. Conforme os investigadores, ele teria admitido informalmente a autoria das bravatas, sob justificativa que estaria alcoolizado quando fez as publicações.
Fonte: Correio do Povo