Ordem para matar taxista em Tenente Portela partiu de facção criminosa

O Ministério Público não tem dúvidas de que a morte do taxista Ramiro Huert, ocorrida em 14 de julho deste ano em Tenente Portela, foi uma execução a mando de uma facção criminosa com operação no tráfico de drogas, no entanto, o inquérito, segundo o promotor Miguel Germano Podanosche, não esclareceu a motivação para a ordem de execução.

A investigação não conseguiu fazer nenhuma ligação entre a vítima e a organização criminosa e também não apareceu durante o inquérito nenhum elemento que demonstrasse qualquer ligação do taxista com o tráfico de drogas.

A convicção do Ministério Público se baseia no fato de que em maio deste ano, a Policia Civil, de posse de informações de inteligência, abordou um veículo em Redentora que estaria trazendo membros de uma facção criminosa para realizar execuções a mando do tráfico na região. Entre as pessoas que estavam no veículo abordado, estava um dos autores do homicídio do taxista Ramiro Huert ocorrido em Tenente Portela. O promotor também disse que há informações suficientes para comprovar a ligação do criminoso com essa facção criminosa.

Para Pordanosche o motivo que levou a facção a determinar a execução do taxista é irrelevante neste momento, sendo que para efeito da denúncia o que interessa é que o crime aconteceu e que a autoria do crime foi esclarecida.

Na noite do dia 14 de julho, Ramiro foi chamado, através do WhatsApp para realizar uma corrida com seu táxi. Os três homens o chamaram nas proximidades da Escola Estadual Cléia Saleta Dalberto e pediram que o levassem pela ERS-330 até a entrada para Alto Alegre, interior de Tenente Portela.

Ao chegar no local um dos três homens sacou uma pistola e disparou duas vezes contra a cabeça da vitima não lhe dando chances para qualquer defesa. Com a vitima ainda agonizando, os três executores retornaram a pé em direção a cidade de Tenente Portela.

Ramiro foi encontrado por populares minutos depois. Chegou a ser socorrido pelo SAMU, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 22 horas, antes de dar entrada no Hospital Santo Antônio.

Além do criminoso, que estava em maio no veículo, que tinha por finalidade transportar executores da facção criminosa, ainda estiveram envolvidos no crime mais duas pessoas, sendo uma oriunda também da região metropolitana e a outra um jovem de 20 anos, morador do Bairro São Francisco em Tenente Portela, que é o único preso até o momento. Os outros dois tiveram a prisão preventiva decretada, mas estão foragidos.

Fonte: Jornal Provincia – jonas Martins