Polícia Civil conclui inquérito sobre assassinato de casal no bairro São José, em Ijuí

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (22), os Delegados Ricardo Miron e Antônio Soares da Delegacia de Polícia de Ijuí esclareceram alguns detalhes sobre o inquérito que investigou um duplo homicídio cometido no dia 7 de Setembro que vitimou um casal, em Ijuí.

Na ocasião, no dia 8 de Outubro, Rosângela Teresinha Prates Antonello e Ademir Dos Santos foram encontrados mortos na residência deles, no bairro São José.

O Inquérito Policial foi enviado ao Poder Judiciário, e a Polícia Civil tem convicção, através das provas e testemunhas ouvidas durante a investigação, de que o sobrinho das vítimas é o responsável pelos crimes. O acusado responderá pelos crimes de duplo homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, ocultação de cadáver, estelionato, furto qualificado mediante fraude e disposição alheia como própria.

Conforme o Delegado Antônio Soares, da DRACO, as investigações indicam que o crime foi cometido enquanto as vítimas dormiam com um objeto contundente como uma barra de ferro, esclarecendo que os motivos do crime foram exclusivamente financeiros, sendo que a condição do acusado era extrema, e ele se aproveitou da proximidade com o casal para usufruir do imóvel e dos móveis, que posteriormente foram vendidos.

Ainda conforme o Delegado um veículo em nome da vítima Ademir dos Santos foi vendido, e o acusado se passou pelas vítimas em diversas oportunidades para extrair dinheiro de familiares. Durante os 30 dias em que o casal permaneceu desaparecido o suspeito informava que eles estavam viajando para Passo Fundo para tratar de um suposto câncer de Rosângela, e com isso não era possível contato com o casal.

Em seu depoimento inicial, o acusado tentou incriminar Ademir como o responsável pela morte de Rosângela, que foi encontrada em estado de decomposição em um banheiro lacrado, no interior da residência. O fato não se confirmou já que na sequência dos fatos, o corpo de Ademir foi encontrado concretado nos fundos da propriedade. Segundo os delegados, o acusado era usuário de drogas e muitas das vendas foram convertidas na compra dos entorpecentes.

Durante a coletiva foi esclarecido também que não há possibilidade de envolvimento de um terceiro no crime nem do uso da arma de fogo que foi encontrada no local com alguns cartuchos deflagrados. O Inquérito Policial foi encaminhado ao Ministério Público que fará a análise para oferecer a denúncia, enquanto isso o acusado permanecerá preso preventivamente à disposição da justiça para um julgamento futuro.

Fonte: Rádio Progresso

Deixe um comentário