Suspeito de aplicar golpes via WhatsApp é preso durante operação do MP em Santa Catarina

Um homem de 27 anos foi preso em Santa Catarina, na quinta-feira (12), durante ofensiva do Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul que investiga a prática de estelionato via aplicativo de mensagens. A chamada Operação Golpe do Zap foi desencadeada pelo Núcleo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco).

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão no município catarinense de Joinville. O homem — que tem 27 anos e, conforme o MP, é ligado a uma facção criminosaque atua no Estado vizinho — foi preso em flagrante por posse de drogas.

Segundo o MP, o alvo da ação começou a ser investigado em junho do ano passado, quando tentou aplicar um golpe em uma vítima de Porto Alegre, passando-se por um familiar dela. Na ocasião, utilizou um número de telefone novo e pediu um Pix de R$ 1,9 mil, alegando que estava tendo dificuldades com o aplicativo do banco. O crime não foi consumado porque a vítima percebeu que se tratava de um golpe quando mencionou o nome da mãe ao estelionatário, que não sabia que ela já havia falecido.

— É um golpe comum, que tem sido replicado por todo o país, inclusive em Panambi, causando relevantes prejuízos econômicos, especialmente entre os idosos. O golpista usa outro número, coloca a foto de um familiar e entra em contato pedindo dinheiro, sempre com a justificativa de que está tendo alguma dificuldade, mas que vai pagar em seguida. Tudo nos leva a crer que o alvo dessa operação integra umaorganização criminosa especializada nesses golpes, e é isso que queremos esclarecer — destaca o coordenador do CyberGaeco, Roberto Carmai Duarte Alvim.

Coordenador dos Gaecos do MP gaúcho, João Afonso Silva Beltrame lembra que essa é a primeira operação desencadeada pelo CyberGaeco. O núcleo foi criado em 26 de outubro de 2021 para identificar, prevenir e reprimir organizações criminosas, atividades de corrupção de agentes públicos e de lavagem de dinheiro cometidos na internet.

— Temos convicção que, a partir da documentação apreendida nessa ofensiva, vai se desvendar uma série de provas que nos levarão a outras pessoas que atuam dessa maneira. Acreditamos que essa é apenas a ponta do iceberg — sustenta Beltrame.

Fonte: ZH