Temperaturas altas, estiagem e chances de neve: veja como deverá ser o tempo no RS em 2022
Se o tempo em 2021 foi marcado por termômetros acima de 35ºC, neve na serra gaúcha e atuação do La Niña – quando há resfriamento das águas do Oceano Pacífico –, os gaúchos podem se preparar para mais um ano de extremos. O calorão e a estiagem, devido à pouca chuva, devem seguir em 2022.
O verão, o outono e o inverno do próximo ano devem ser marcados pela chuva abaixo da média pelo menos até junho, período em que o La Niña deve se encerrar. Já a partir da primavera, o El Niño – quando as águas do Pacífico ficam mais quentes – pode afetar o Rio Grande do Sul, com aumento do volume chuva. Entretanto, ainda não há confirmação para o fenômeno, registrado pela última vez em 2015 e 2016.
De acordo com a meteorologista Ana Clara Marques, da Climatempo, o verão de 2022 terá longos períodos sem a chuva, com períodos entre 10 a 15 dias. Por isso, o número de municípios gaúchos atingidos pela estiagem – 49 até o momento – deve aumentar nas próximas semanas.
Os termômetros também devem marcar temperaturas mais altas do que o habitual, especialmente no Interior, podendo chegar a 40°C por vários dias. Já a onda de calor que marca este final de ano no RS deve persistir até a metade da primeira semana de janeiro, segundo previsão da Climatempo.
A umidade relativa do ar deve ficar baixa ao longo de toda a estação, contribuindo para problemas respiratórios. Por isso, é preciso reforçar o protetor solar e a hidratação.
O Outono, estação que começa em 20 de março será mais fria e mais seca do que em 2021, com a chuva permanecendo abaixo da média histórica. O motivo disso é porque a estação ainda estará sob influência da La Niña, destaca a meteorologista.
As primeiras massas de ar frio vão chegar ao Estado já no começo da estação, mas ainda não exigirão roupas quentes. De acordo com o Climatempo, a tendência é de semanas com temperaturas elevadas intercaladas com dias mais amenos.
Já no Inverno, a neve histórica que marcou o inverno de 2021 poderá se repetir em 2022. Os modelos meteorológicos já preveem fortes massas de ar frio passando pelo Estado durante a estação, e elas podem provocar o fenômeno novamente.
Considerado o período mais chuvoso do ano, devido à frequência de frentes frias, o inverno do próximo ano deve ser mais seco, acentuando a estiagem. A estação deve continuar com menos chuva do que a média histórica.
Mesmo que o La Niña termine em meados do outono, seus efeitos ainda serão sentidos por um período de um a três meses aqui no Brasil. É por isso que o inverno ainda deve começar seco, com pouca chuva, podendo aumentar as precipitações ao longo dos meses e ganhando mais volume somente no final do inverno.
Na Primavera, se dias de inverno poderão ser sentidos já no outono, o mesmo acontecerá com a primavera que antecipará o verão. O calor retorna ainda no início da estação, que terá temperaturas altas, acima da média, assim como em 2021.
Como a La Niña termina no outono, não deve afetar a primavera. Por isso, a expectativa é que a chuva retorne de forma mais regular para a região, com mais chuva que nos meses anteriores. Assim, os acumulados de chuva devem ficar um pouco acima da média.
De acordo com a meteorologista, a tendência geral indica um evento de El Niño a partir da próxima primavera. O fenômeno é caracterizado por um aquecimento acima do normal das águas do oceano Pacífico Equatorial. Com as águas aquecidas, grandes mudanças nos padrões normais de vento e de pressão da circulação geral da atmosfera, em vários níveis de altitude, podem acontecer, gerando alteração no padrão climático de chuva e de temperatura. Na região Sul, o El Niño tem como feito o aumento da chuva.
Fonte: ZH