Monkeypox: Rio Grande do Sul tem mais de 150 casos confirmados

O Rio Grande do Sul registra 154 casos de varíola do macaco até o momento. Os dados foram atualizados nesta quarta-feira (14) pelo Centro Estadual de Vigilância de Saúde do Rio Grande do Sul.

Um dos últimos municípios a confirmar caso foi Ijuí. O paciente contaminado é um jovem adulto que está fora do risco de contaminação. 

Outras cidades mais próximas de Panambi com casos confirmados são Santo Ângelo (1), Santa Maria (1) e Passo Fundo (1). 

Porto Alegre lidera com 84 casos confirmados até o momento, o que representa mais da metade das confirmações. Desta forma, a capital gaúcha tem mais casos do que a soma de todos os casos dos demais municípios. Canoas aparece em seguida com 13.

Até o dia 13 de setembro, o Brasil registrou 6.246 casos confirmados. No entanto, há 6.344 em investigação. Atualmente, o país concentra a maioria dos casos globais, junto com Estados Unidos, Peru e Canadá. Recentemente, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) afirmou que as Américas possuem o maior número de casos da doença no mundo e se tornaram o epicentro global do monkeypox.

Conforme a OPAS, somente na região, há mais de 30 mil casos. Há dez países e territórios ainda não vacinaram completamente até 40% de sua população e algumas pessoas ainda não receberam uma única dose de vacina.

Saiba mais

Em documento, a OPAS responde às principais dúvidas sobre a doença. Confira:

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma zoonose causada pelo vírus monkeypox, do gênero Orthopoxvirus, pertencente à família Poxviridae. A essa família, também pertencem os vírus da varíola e o vírus Vaccínia, a partir do qual a vacina contra varíola foi desenvolvida.

Há duas cepas geneticamente distintas do vírus da varíola dos macacos: a cepa da Bacia do Congo (África Central) e a cepa da África Ocidental. As infecções humanas com a cepa da África Ocidental parecem causar doença menos grave em comparação com a cepa da bacia do Congo.

Transmissão

Tradicionalmente, a varíola dos macacos é transmitida principalmente por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de animais infectados. A transmissão secundária ou de pessoa a pessoa pode acontecer por contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias ou lesões na pele de uma pessoa infectada, ou com objetos contaminados recentemente com fluidos do paciente ou materiais da lesão. A transmissão ocorre principalmente por gotículas respiratórias. Esta enfermidade também é transmitida por inoculação ou através da placenta (varíola dos macacos congênita). Não há evidência de que o vírus seja transmitido por via sexual.

Tratamento

Não há tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da varíola dos macacos. Os sintomas costumam desaparecer espontaneamente, sem necessidade de tratamento. A atenção clínica deve ser otimizada ao máximo para aliviar os sintomas, manejando as complicações e prevenindo as sequelas em longo prazo. É importante cuidar da erupção deixando-a secar, se possível, ou cobrindo-a com um curativo úmido para proteger a área, se necessário. Evite tocar em feridas na boca ou nos olhos. Enxaguantes bucais e colírios podem ser usados desde que os produtos que contenham cortisona sejam evitados. Um antiviral desenvolvido para tratar a varíola (tecovirimat, comercializado como TPOXX) também foi aprovado em janeiro de 2022.